terça-feira, 29 de maio de 2012

29 - 05 - 2012

Estava com minha mãe e conversávamos sobre o meu bebê.
Por algum motivo fui separada dele momentos depois do seu nascimento. Tinha passado uma semana e estava a caminho de reencontrá-lo.
Fomos até um lugar antigo, cheio de pessoas esperando atendimento. Lembro que sentia na barriga o espaço vazio onde tinha estado o bebê. E esse espaço vazio me sensibilizava muito, me fazia querer ter a criança de novo nos braços pois só assim a dor de perda passaria.
Quando cheguei no lugar onde as pessoas esperavam atendimento vi uma mulher segurando minha criança, me ajoelhei diante dela e pedi para segurá-la. A mulher disse que ninguém podia segurar o bebê, então disse a ela que eu poderia, pois era a mãe. A mulher me entregou o meu filho e senti que era muito mais do que parte de mim, justificava minha existência.
Pouco depois a sala estava vazia e fui chamada. 
Nesse momento as coisas mudaram, eu carregava uma gata preta que era muito jovem, mas tinha acabado de ter filhotes. Eu estava naquele local porque desejava castrá-la, antes que tivesse mais filhotes.
O mais estranho foi que apesar de ter sido a gata que esteve grávida, eu ainda podia sentir o vazio de perda na barriga.

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