terça-feira, 13 de setembro de 2011

raras vezes todas

de repente estava ali, e era diferente de todos os outros, mas ainda assim aconteceu algumas vezes, e eu espero que continue acontecendo, mesmo que raras, essas vezes foram todas, e ele era, simplesmente era, 
era amor.
está ou não está, não é construído ou planejado ou alimentado. 
por experiência eu digo que é, que está, ou não está, e geralmente ele não está.
não em sua forma especial, única e altruísta.
difícil é fazer ser real, e ao mesmo tempo tão mágico que não pode estar aqui, 
o amor está dentro.
o que está fora é a pele da sobrevivência. 
não tem nada a ver com paixão, a paixão pode ou não estar, mas isso não interfere na intensidade daquele que não pode ser alterado.
é muito mais reconhecimento, te vejo e te reconheço, eu te amo e você me ama, é sempre correspondido, nós entramos e percebemos que  nosso "dentro" é o mesmo lugar.
e ao mesmo tempo é tão egoísta.
acaba a busca, acaba a busca, eu disse que finalmente, acabou a sua busca!
mas não acabou a busca do outro, 
como viver no paraíso de vossas presenças e deixar todos os outros sofrendo com a dor da existência do ser? não nos seria permitido,
não enquanto o sol for apenas um, não enquanto precisarmos da morte.

3 comentários:

  1. Você já comeu goiabada com queijo, o famoso “Romeu e Julieta”?
    Doce com salgado é assim que me sinto quando leio seus textos, feliz e triste, esperançoso e desacreditado, apaixonado e solitário, racional e irracional.
    Gosto dessa incerteza, dessa incoerência, gosto dos seus textos.
    Parabens.

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  2. é como percebo a vida, contradições necessárias para que seja interessante viver.

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  3. Como disse o poeta:
    "Essa saudade que eu sinto de tudo que eu ainda não vi."
    E como eu digo:
    "Pule o muro, atavesse para o outro lado".

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