terça-feira, 6 de setembro de 2011

aquele que foi mas ainda está

paixão me enganou por muitas vezes, achava-a tão bonita que fazia de tudo para agrada-la, fazia tanto que deixava de ser. 
paixão me anulava.
não sabia eu, que mesmo paixão, pra permanecer o que costuma, costuma precisar de duas vidas, se uma das vidas deixa de ser, paixão não consegue mais estar, nem pelo curto espaço de tempo que ela costuma ficar até desaparecer.
e desaparece fácil. 
pra mim costumava ser ainda mais rápido.
quando a paixão começa com vinte e quatro horas pra acabar não existe tempo, o tempo que é o inimigo, não pode nada contra a falta dele mesmo.
vinte e quatro horas e serenidade vinte e quatro horas e intensidade.
afinidade, que antecede a vontade que provoca paixão e que leva a loucura pelo tesão, e não acaba assim, continua no dia seguinte com beijo de bom dia, e o dia todo de carinho, dormir juntinho e a noite mais tesão.
não dormir mais até a hora de ir embora, não pensar, não chorar e não sofrer, porque simplesmente foi lindo, e só foi tão lindo porque foram vinte e quatro horas atemporais, que permanecerão pra sempre.
e quando pensarmos em amor, quando duvidarmos dele, lembraremos daquelas vinte e quatro horas.
pros românticos de verdade, mais vale vinte e quatro horas de intensidade do que uma vida inteira de estabilidade. 

4 comentários:

  1. Pessoas que amam mentem.
    O amor mente, cega e emburrece o mais inteligente dos homens.

    ResponderExcluir
  2. leia meus outros textos anônimo, vc vai gostar!

    ResponderExcluir
  3. ja li todos, apenas não os havia comentados.
    Te confesso que alguns eu não entendi.

    ResponderExcluir
  4. alguns não foram feitos pra que fossem entendidos

    ResponderExcluir