sábado, 20 de agosto de 2011

20 - 08 - 2011 Gato Mensageiro

Era uma festa ou algo parecido. Tinha muitas pessoas barulhentas, essas coisas de família. Avistei um pequeno bebê virado de barriga pra cima mexendo as perninhas, ele estava embaixo de uma pequena mesa, fui conversar com ele.
Reparei que ele tinha um dos olhos furado, como se lhe tivessem arrancado, e um muco acinzentado ocupava o lugar do que um dia fora um pequeno olhinho. Reparei também que o bebê tinha um dos bracinhos finos cortado. Reparei e fingi não reparar, ou não me importar, pra não constranger a pequena e pobre criatura, que se encontrava a chorar esquecido, embaixo da pequena mesa que mal lhe escondia o corpinho.
Perguntei porque ele estava chorando, ele me respondeu com voz de adulto que chorava porque sua mãe e sua irmã (que se devia ter um 5 anos de idade) não paravam nunca de brigar, e isso o deixava muito triste.
Imediatamente eu e o bebê nos tornamos amigos, e ele se transformou num gato, um gato de olhos vazados, assim como o bebê que um dia fora, porém com suas 4 patas perfeitas e saudáveis.
Lembro-me que o gato e eu conversamos muito, e ele vinha se aninhar junto de mim para dormirmos no sofá, como os gatos fazem. O gato era um ancião gato, e me dava muitos conselhos, que eu não consigo lembrar. Gato mensageiro.
Estávamos dormindo no sofá, quando acordei e vi uma cobra se aproximar, era uma senhora cobra, grande e rápida, que faz qualquer um se assustar.
Pulei do sofá e saí correndo, mas meu amigo gato ficou, a cobra estava atrás dele e não de mim. Como era um gato idoso, ele não tinha mais a velocidade nem a imprudência dos jovens gatos, encarava a cobra o amigo gato, enquanto eu pegava algo e batia na cobra para ajudá-lo, não teve tempo o sonho para saber o aconteceu a cobra, ao gato e a mim.

sonhos são sonhos

2 comentários:

  1. Alguém certa vez me disse que o que me atrai não são as pessoas comuns, as coisas boas, as convenções que somos forçados a seguir desde o dia em que nascemos.
    Azul para o bebe menino, rosa para o bebe menina, batismo, 1º dia de aula, respeitar, obedecer, responsabilidade, família, envelhecer e morrer.
    Sempre achei tudo isso um saco, sempre fugi de tudo isso, tentei me afastar das pessoas tidas como modelos e exemplos dos bons costumes a serem seguidos.
    Acho que é por isso que gosto de ler o que você escreve.
    Um texto sem sentido algum, pelo menos olhando pela perspectiva de um mero mortal, provavelmente inspirado em alguma experiência não-carnal, instigada por algum chá alucinógeno.
    E eu achei ótimo, muito bom texto, fiquei tentando imaginar uma frágil menina batendo em uma cobra gigante com uma das mãos enquanto na outra segurava um coelho velho de bigodes brancos, um coelho feio.

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  2. haha não foram drogas não, foi um sonho mesmo.
    eu costumo sonhar coisas estranhas.

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