sábado, 18 de dezembro de 2010

Além da familia

" Todos os tipos de psicose ou neurose surgem da família. A família cria um ser humano muito, muito doente.
Não há necessidade; estilos alternativos deveriam ser possíveis. Para mim, um estilo alternativo é a comunidade - Ele é o melhor.
Uma comunidade significa pessoas vivendo numa família fluida. As crianças pertencem a comunidade, pertencem a todos. Não existe propriedade privada, nenhum ego pessoal. Um homem vive com uma mulher porque eles sentem vontade de viver juntos, porque cultivam isso, gostam disso. No momento em que sentirem que o amor não está mais acontecendo, eles não se apegam um ao outro. Eles se despedem com toda gratidão, com toda a amizade. Eles começam a procurar outras pessoas.
No futuro não haverá casamento como existia no passado, e nenhum divórcio como existia no passado. A vida será mais fluida, mais confiante. Haverá mais confiança nos mistérios da vida do que nas diretrizes da lei, mais confiança na própria vida do que em qualquer outra coisa - a justiça, a política, o sacerdote, a igreja. E as crianças deverão pertencer a todos - elas não deverão carregar os brasões de suas familias. Elas pertencerão a comunidade, a comunidade tomará conta delas.
Esse é o passo mais revolucionário da história humana, pessoas começando a viverem comunidades e começando a ser verdadeiras, honestas, confiantes e deixando a lei cada vez mais de lado.
O ser humano não pode ser feliz sem liberdade, e sua velha estrutura familiar destruiu a liberdade. E porque ela destruiu a liberdade, destruiu a felicidade e o amor."
Amor, liberdade e solitude - OSHO


Provavelmente quem ler esse post vai achar absurdo, eu compreendo, é realmente muito a frente de tudo que vivemos hoje ...  mas quando eu li me senti reconfortada. 
As pessoas acham que tem alguma coisa errada comigo, que eu sou assim por causa de um relacionamento traumático, não é verdade.
Tudo que eu vivi até hoje, tem me mostrado que nossos sentimentos nunca estão errados, quem está errada é a sociedade, os padrões de vida que levamos hoje.
O amor é liberdade.


Esse ano eu conheci pessoas por quem eu me apaixonei, e eu senti uma imensa necessidade de compartilhar, esse compartilhar que é o amor, que  é o amor liberdade, mas não existia ninguém livre, estão todos presos a suas vidas infelizes, ou pseudo-felizes.
Quando digo que me apaixonei não estou falando apenas de relacionamento homem e mulher convencional, me apaixonei por pessoas, nem sempre sexual, mas as vezes sim e teve que ser reprimido.
É muito difícil viver em um mundo de pessoas não livres, e saber que ninguém vai fazer nada pra mudar, estão todos conformados e acomodados, porque vivemos dormindo, não vivemos o aqui e o agora, vivemos sempre projetando o futuro, e achamos que lá poderemos ser enfim felizes ... eu também faço isso porque é difícil estar sozinha nesse modo de pensar, mas acho que estou aprendendo.
Eu tenho muito medo de acabar me deixando levar pelas convenções, tenho medo de cair nessa teia de desamor que ainda dirige o mundo.
É por isso que eu escrevo tanto sobre saudades e sobre solidão, porque me deixa muito triste precisar ficar longe das pessoas que eu amo, mas é diferente de ser uma pessoa triste, eu sou feliz. 
Já disse isso, e vou repetir, esse ano foi um ano muito bom, talvez o mais feliz até agora, porque eu poso sentir o mundo mudando, e tenho muita esperança de um dia poder viver assim como Osho decreveu, em comunidade, perto daqueles que eu amo.


O amor é fogo
E depois que você sente o verdadeiro amor, ele transforma sua vida.




Um comentário:

  1. Olá, não te conheço, mas adorei encontrar teu blog nesta madrugada... Me identifiquei com esse texto.
    Valeu! valeu mesmo!

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